“Tenho endometriose profunda. Tentei por 6 anos engravidar naturalmente e não consegui. Fiz uma fertilização in vitro e Deus me mandou 2 presentes, minhas gêmeas Isabela e Isadora. Quando minhas pequenas estavam com 2 anos de idade engravidei naturalmente da Elisa, contrariando os diagnósticos de infertilidade.

Na 23°sem de gravidez fui fazer a morfológica de 2° trimestre e descobri que minha bebê tinha mielomeningocele. Somos de Brasília e fomos pra SP as pressas para fazer uma cirurgia intrauterina de correção da mielo. Com 25 semanas a cirurgia foi feita. Por conta de uma hemorragia acabei entrando em trabalho de parto prematuro. Elisa nasceu de um parto normal muito rápido, com apenas 26 semanas e 6 dias e 820g. Os médicos nos falaram que ela precisava reagir nas primeiras 72h de vida, pois nasceu com uma infecção grave. No segundo dia de vida os exames já começaram a apontar melhora. Apesar da melhora, meu coração de mãe me falava que tinha algo errado pois ela passou a tarde toda chorando. Nada parava seu choro. Quando chegamos à noite para visitá-la a médica nos chamou e explicou que a Elisa estava com o abdômen muito distendido e que o raio-x acusou líquido na região abdominal. A suspeita era de enterocolite necrosante. Meu mundo desabou. O cirurgião chegou e nos falou que ia tentar colocar um dreno no abdômen para ver se resolvia. Infelizmente o dreno não resolveu. O abdômen continuava aumentando e os exames de sangue voltaram a piorar. Em seu 4° dia de vida minha pequena foi para a sala de cirurgia, pesando apenas 750g. Foram longas horas de espera até receber a notícia de que deu tudo certo. Ela tinha duas perfurações intestinais. Foram dias de muita angústia, mas com 17 dias de vida ela pôde tomar meu leite. Foram 66 dias de muita luta até a alta! Hoje Elisa está com 10 meses, saudável e esperta.”  Bárbara, janeiro de 2018