Homenagem a Lara ♥
Se ter um bebê com ENTERCOLITE NECROSANTE é difícil, imaginem DOIS?! E ainda fora da sua cidade! Essa é a historia da Erika e suas gêmeas Lara e Laura. “Meu nome é Erika sou da Cidade de Itabira MG. Sempre quis ser mãe e meu sonho se tornou realidade. No começo deste ano descobrir q estava grávida e para minha surpresa ao fazer a ultrassom eram gêmeas, duas meninas idênticas. Minha gravidez foi tranquila até o sexto mês, quando comecei a sentir contrações e fui levada a presas para a maternidade de minha cidade onde ganhei minhas princesinhas. Minhas filhas nasceram prematuras extremas de seis meses e necessitavam ficar em um CTI neonatal mas, para meu desespero, na minha cidade não tinha uma e elas foram transferidas para Belo Horizonte.
Assim que eu recebi alta fui ficar com elas. Me deparei com um mundo novo, de aparelhos, tubos, incubadoras e oxigênio. No primeiro mês de vida, a Laura uma infecção da qual eu me assustei muito, a ENTEROCOLITE NECROSANTE. Os médicos deram antibiótico para ela mas, sem resultado, mesmo assim ela teve que ser submetida por uma cirurgia de emergência, onde 20 cm do seu intestino foram retirados devido a necrose. A cirurgia foi um sucesso e Laura voltou para o CTI, para a recuperação, que também foi um sucesso. Eu ficava dividida entre a Lara, que já estava no berçário, e o CTI, com a Laura, que depois de algum tempo também foi para o berçário.
Descobriram então que elas teriam que fazer uma cirurgia nos olhos, a laser, não muito arriscada. A Lara foi a primeira a ser submetida a essa cirurgia e antes mesmo de ser extubada, ela também teve a ENTEROCOLITE NECROSANTE. Lara ficou muito grave, os médicos já não me davam mais esperanças pois a infecção foi generalizada. Minha Lara ficou lutando pela vida durante 10 dias e no décimo dia ela veio a falecer.
Velei o corpo de minha filha em minha cidade e depois voltei correndo para BH, pois a Laura também ia fazer o laser nos olhos. Não queria permitir, tinha medo da ECN voltar, mas se eu não permitisse minha filha ficaria cega. Deu tudo certo. Deus colocou a mão sobre ela e a protegeu . Fiquei com minha filha 3 meses e meio na maternidade e felizmente pude vir embora para casa com minha filha recuperada sem nenhuma sequela. Dou a vida por ela se preciso for. Ser mãe de CTI não é nada fácil por isso peço a Deus por todas as mães de UTI Neonatal.”